quinta-feira, 9 de junho de 2011

Filhos: amor e limites


Estivemos, em casa, conversando a respeito das crianças da família e de como se tem as orientado. Meus filhos já são adultos e me lembro bem que os levava na chamada rédea curta, mas sabia que podia contar com a obediência, isso desde pequenos... talvez eu tenha sido severa demais... como posso saber? No entanto, na devolutiva de meus filhos, eles mesmos comentam que a maneira com que foram tratados fez com que mantivessem a percepção da realidade e dos limites, sem que perdessem a percepção do amor, da justiça e do apoio incondicional.


Essa discussão fez com que eu buscasse um pouco mais do assunto, pois a maneira que criei meus filhos foi reprodução do que aprendi em minha casa, com meus pais, foi instinto, exatamente isso, instinto. Agora, depois de tudo já passado, é que penso no assunto, e penso também nas crianças queridas, que tem também o sangue dos meus filhos, que estão sendo, de certa forma, "estragadas" pelo trato que tem recebido. Me leva a pensar se elas percebem o amor de seus pais com tanta liberdade, com essa falta de limite, de mostrar o que pode e o que não pode... acho isso importante, pois faz com que a criança confie nos pais, pois aprendem com isso que estes zelam por elas...

Bom..., enfim..., acabei encontrando um artigo que achei muito interessante, e vim até aqui para mostrá-lo.

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O Significado de Limites na educação das crianças

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Necessidade de Limites


LIMITE: Eis aqui um assunto que permite várias ponderações, pois afeta deste o ponto de vista cultural, social, financeiro até o emocional. Tão difícil e tão fácil. Tão pessoal e tão abrangente. Como lidar com esta questão?

Os limites tem a função de ensinar à criança o que é e o que não é permitido. Sobretudo, tem também a função de dar proteção e segurança. A função protetora dos limites não se restringem apenas aos limites colocados com o objetivo de evitar situações de perigo ou risco (“Cuidado com a panela, o fogo está aceso!”). Abrange algo bem mais amplo, tal como proteger a criança contra o excesso de sentimento de culpa ou remorso, quando percebe que na realidade nos atacou, nos machucou ou destruiu alguma coisa importante para nós. Por isso, é necessário impedir os ataques físicos da criança, embora se possam reconhecer seus sentimentos (“Sei que você está com muita raiva de mim, mas não vou deixar você me dar um soco”). Quando a criança sente raiva ou ódio com muita intensidade, fica difícil, na maioria das vezes frear-se sozinha. Precisa de nossa ajuda no sentido de canalizar a expressão desses sentimentos, de modo não destrutivo. E essa ajuda significa firmeza e a segurança de limites bem colocados. Com muita freqüência a criança testa a consistência e a firmeza dos limites, usando várias manobras que variam desde o franco desafio até a sedução.


Em torno do 1º ano, as crianças não tem controle interno de espécie alguma, por isso, o impulso e a tentação são fortes demais e ela não consegue aceitar e respeitar os limites. Pouco a pouco, vai aumentando a capacidade de controlar os impulsos e resistir às tentações e, concomitantemente, fica maior a possibilidade de internalizar os limites.


Vemos, por exemplo, a criança entrar na fase em que diz para ela mesma “não”, para logo em seguida mexer na planta, ou então dar uma olhadinha de curiosidade e de desafio para os pais, para logo depois pegar na planta. Posteriormente, quando há um amiguinho por perto que também quer mexer na planta, a criança atua como um verdadeiro censor que proíbe autoritariamente: “não, na planta não!”, para logo depois ela mesma mexer. Há o período em que, na presença dos pais, a criança já consegue controlar-se, mas o censor interno não é muito fidedigno e basta apenas que os pais virem as costas para que o controle pare de funcionar. Finalmente, a internalização se consolida melhor, e a criança pode mais facilmente resistir a tentação de mexer onde não pode.


Surpreendentemente, limite também é uma demonstração de amor, e a criança percebe esse particular. É como se ela pensasse “se sou cuidada sou amada”. Essa sensação é que dá segurança à criança e propicia seu desenvolvimento.

Fonte: Angela Clara - Psicologa Especialista em educação e comportamento infantil.


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Pense nisso você também, a responsabilidade da gente é enorme... pense que nossos filhos irão reproduzir tudo isso para seus filhos, nossos netos, então essa bola de neve familiar irá aumentar cada vez mais... É um verdadeiro tiro no escuro! Que Deus nos ajude!

Uma coisa é certa, amor e regras podem e devem andar juntos.

Bj


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